terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Horus


Ola pessoal!
Ofereço hoje aqui um Texto de um dos escritores que mais aprecio Christian Jacq, esse texto se encontra no livro "O mundo mágico do Antigo Egito” é um ótimo livro, onde tem vários ensinamentos.
Christian Jacq é um historiador que pesquisa sobre o Egito Antigo, no caso ele é Egiptólogo, uma coisa que me chama bastante atenção nesse livro é que logo no começo ele diz "Um egiptólogo que não creia na religião egípcia, que não partilhe uma simpatia absoluta com a civilização que estuda, não pode, na nossa opinião, pronunciar mais do que palavras sem vida. O intelectualismo, por mais brilhante que seja, jamais substituiu o sentimento vivido, mesmo numa disciplina científica. Os maiores sábios são aqueles que participam do mistério do Universo e tentam exprimi-lo por meio de sua visão do Conhecimento, amadurecida ano após ano.
Sendo isto verdade para ciências como a física, como demonstraram Eisenberg, Einstein e tantos outros, será fácil compreender que o Antigo Egito reclame, da parte de quem o estuda, uma atitude bem diversa do raciocínio glacial e do “distanciamento” histórico."

O que acredito eu ser de extrema verdade.

Posto hoje esse Texto por ser um texto muito intrigante, um texto que ate a poucas horas desse poste eu ainda n tinha lido, o que para mim, foi uma extrema surpresa e também confirmação de meu caminho.

Esperem que gostem...

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Horus

Os deuses-magos são concebidos como panteicos, ou seja, como uma potência “acompanhada pelos seus poderes decompostos sob forma visível, analisados e justapostos, de alguma maneira, à imagem do deus que os contém”. Além disso, o deus-mago maneja os instrumentos do seu poder, tal como os cetros, e usa coroas. Essas divindades complexas, estimadas pelos papiros tardios, passaram aos talismãs da Idade Média ocidental, prolongando desse modo a influência da magia egípcia.
Na origem, o mago identificado com Hórus recebe a proteção do céu e da terra contra qualquer morto ou qualquer morta, ao sul, ao norte, a leste e a oeste. De fato, as palavras de Hórus têm um poder protetor excepcional: afastam a morte, voltam a dar o sopro vital ao oprimido, renovam a vida, alongam os anos, apagam o fogo, curam a vítima do veneno, salvam o homem de um destino funesto. A magia de Hórus desvia as flechas do alvo, apazigua a cólera do coração do ser angustiado. Thot, mestre dos magos, glorifica Hórus sobre a água e sobre a terra. Saúda-o, a ele que foi trazido pela vaca divina, aquele que Ísis pôs no mundo. Pronunciou-lhe o nome, recitou-lhe a magia, conjurou com os seus esconjuros, utilizou o poder que lhe vem da boca.
Hórus, filho e herdeiro por excelência, touro, filho do touro e da vaca celeste, que possui sentenças eficazes, palavras poderosas transmitidas por seu pai, a Terra, e sua mãe, o Céu, é invocado para que impeça a ação dos répteis que estão no céu, na terra e na água, os leões do deserto, os crocodilos do rio. Esses seres nocivos serão reduzidos ao estado de pedras do deserto ou de cacos de vasos quebrados.
Quando Ísis vem ver Hórus, ensina-lhe que ele é seu filho na região celeste. Saído do Oceano das origens, manifesta-se sob a forma da grande garça-real nascida no cimo de um salgueiro, em Heliópolis, irmão de um peixe profeta que anuncia os acontecimentos futuros. Foi nutrido por um gato na casa de Neit, patrona da tecelagem. Foi protegido por uma porca e um anão. Como se vê, tudo é mágico nesta educação divina.
Cada parte do corpo de Hórus é animada magicamente, de modo a ser totalmente penetrado pelas forças do Alto e preencher as suas funções: abater os inimigos do pai, vencer Seth, o rebelde, reinar nos quatro pontos cardeais. Protetor da realeza, Hórus desempenha um papel capital de deus que cura. E visto espezinhando crocodilos, segurando escorpiões e insetos perigosos na mão, provando assim que nada tem a temer de criaturas que causam a morte. Outra função fundamental do deus: a de pastor. Hórus, o vaqueiro, guardava o seu rebanho, mas este foi ameaçado por animais selvagens. Ísis e Néftis intervieram, confeccionando amuletos. Assim foram fechadas as bocas dos leões e das hienas. Hórus expulsa-os pela magia, retira-lhes a força, provoca-lhes a cegueira.
Identificado com o deus pastor, o mago exige que os animais ferozes se dispersem pelos quatro pontos cardeais. O céu abre-se, libertando influências benéficas para o camponês, que desse modo goza da totalidade do seu domínio em completa segurança. Nenhum ser maléfico se aproximará do seu campo.
Na XVIII dinastia, surgiu Ched, o Salvador, uma curiosa figura que protege contra animais e insetos perigosos. Ched é um jovem que mata com as suas flechas os animais perigosos ou os agarra pela cauda. Na época mais tardia, confunde-se com Hórus criança. Nas estelas é representado em cima de dois crocodilos, uma máscara de Bés por cima da cabeça, cercado de fórmulas mágicas. Esses monumentos, uns modestos, outros grandiosos, são verdadeiros talismãs que garantem a segurança do Estado.

2 comentários:

Priscila Conte disse...

Olá Simaltar, acho que voc~e já tem o principal elemento apra ter sucesso dando aulas: amar o que faz. Quem ama o que faz, faz benfeito sempre. Boa sorte! Só ter calma, ir com o planejamento da aula ok e tudo vai dar certo!
No meu blog tem umas dicas de aula, são de português, mas de repente você pdoe adaptar a metodologia para história, caso interesse e necessite, fique à vontade. O meu blog está à disposição.
Até
Priscila

Priscila Conte disse...

Ops, desculpe os erros de digitação :~/