O Egito Antigo é marcado por seu povo exótico, por seus deuses meio humanos, meio animais, por seus faraós, mais é impossível imaginar o Egito sem as pirâmides, construções essas que é a primeira coisa que pensamos quando falamos de Egito Antigo.
A maior construção do mundo antigo, também é um dos maiores enigmas da historia, vários historiadores, arqueólogos e até egiptólogos tentam desvendar esses mistérios, criando varia teorias e teses sobre essa gigantesca construção de 137 metros.
Pedras gigantescas e trabalhadores livres, sem uma tecnologia desenvolvida, como que esses homens livres conseguiram levantar pedras de 2,5 toneladas, até para nos, homens modernos, essa façanha é difícil.Quéops nos deixou uma incrível obra, tão enigmática quando o passado do Egito todo junto. Teria Quéops tanta “popularidade” para mover tantas pessoas para construção de seu tumulo? O poder religioso do Egito Antigo é irrevogavelmente poderoso tanto em meio ao povo quanto em meio a realeza. Prova disso é a Grande Pirâmide, grande não só no tamanho, mais também grande nos enigmas que ela esconde atrás de suas pedras calcarias e granitos.Quéops
Filho do rei Snefru, Quéops foi um grande construtor. Mas o historiador grego Heródoto ( V século a.C) o acusou de ter jogado o povo na mais profundo miséria. Um conto antigo o descreve com arrogante e pouco respeitoso dignidade humana.
Seja como for, Quéops deixou uma marca inegável na historia: a Grande Pirâmide, considerada uma das sete maravilhas do mundo antigo. Por outro lado, extremamente, a única representação existente do faraó é uma minúscula estatueta de marfim! Seria isso um sinal de sua popularidade, provavelmente relacionada à construção Pirâmide? Tamanho monumento não poderia ter sido erguido sem muito suor e sofrimento, de onde talvez tenha surgido a má reputação do faraó relatada por Heródoto.
O historiador grego conta que o faraó, na falta de recursos, mandou a própria filha a um “lugar de perdição” para vender seus encantos e trazer dinheiro para ele. A filha obedeceu ao pai, mas, desejando ela também deixar um monumento em seu nome, pediu a cada freqüentador que lhe desse pedra. Com essas pedras foi construída uma das três pirâmides pequenas (a das mulheres) que se encontram ao lado da Grande Pirâmide.
Em 22 anos de reinado (aproximadamente de 2538 a 2516 a.C), Quéops exerceu um controle rigoroso sobre as minas e as pedreiras, dentro e fora do país (como no Sinai e na Núbia). Foi sem duvida graças ao controle sobre esses recursos que ele conseguiu erguer a Grande Pirâmide de Giza e seu templo funerário.
Pirâmide
No começo as pirâmides era chamadas de mastabas, construções quadradas, não muito altas, com paredes retas e teto oval, eram construídas de tijolos de argila secos ao sol e recobertos por argamassa, o seu nome tem origem da palavra banco na língua árabe, uma das mastabas mais antigas é a da 1° Dinastia, era dividida em três compartimentos: uma capela, câmara dos mortos e sala de compartimentos. Logo após veio a pirâmide de degraus onde foi idealizada por Imhotep, o engenheiro contratado por Djoser ( III Dinastia 2617 a 2599 a. C) para a construção de seu lar eterno, após a de Djoser veio já na IV Dinastia a piramide de Snefru (2575 a 2551 a.C) conhecida como pirâmide romboidal construída em Dahshur, tudo indica que ele não gostou de sua pirâmide e mandou construir outra a dois quilômetros da primeira, essa no entanto era uma pirâmide de degraus conhecida como “a pirâmide vermelha” por causa do seu revestimento de calcário usado em sua construção. O ápice das pirâmides foi com o próprio Quéops segundo faraó da IV Dinastia. Junto com ele o seu filho Quéfrem que construiu uma piramide de 136 metros de altura junto com a esfinge, e o seu neto Miquerinos ou Menkauré ( que significa “estáveis são os kau de Ré”), com a menor pirâmide cerca de 66 metros de altura.
A pirâmide de Quéops (ou Khufu) foi construída para ser a tumba do faraó Quéops da quarta dinastia, cujo o reinado se entendeu de 2551 a 2528 a.C, Heródoto constatou que precisou de mais de 100 mil homens para construir, no entanto egiptólogos afirmam que foram usados somente 36 mil pessoas, longe do numero de Herodoto, essas conclusões foram baseadas no tamanho do projeto, no tamanho das tumbas e extensão do cemitério descoberto no local, todos homens livres que trabalhavam com alegria para o seu faraó. Necessitaram de cerca de 20 anos para terminar, mais o que levou tantos homens a trabalhar gratuitamente para o faraó, foi o fato de acreditarem que ajudando na morada eterna do grande faraó, eles também iria desfrutar da outra vida.
A grande pirâmide esta situada cerca de 12 Km do Cairo estando em Gizé, junto com mais 2 pirâmides menores a de Quéfre e Menkaure, a pirâmide de Quéops é a maior construção de toda a idade antiga, tendo cerca de 146,6metros de altura ( atualmente cerca de 137 metros), igual a um prédio de 45 andares, mostrando que o faraós possuía grande poder em meio ao povo egípcio.
Para a construção da pirâmide de Quéops foram usados cerca de 2 600 000 blocos de pedra calcaria, pesando cerca de 2,5 a 1,5 toneladas cada bloco, tão perfeitamente encaxadas que em algumas junções não a como colocar uma folha de papel de tão bem justas que estão essas imensas pedras, na teoria para erguer as pedras na construção os egípcios faziam uma rampa de tijolos e terra coberta de limo que subia em volta da pirâmide até o topo. Não se sabe ao certo como fizeram os egípcios para carregar pedras tão pesadas sem a ajuda de uma tecnologia bastante evoluída, alguns historiadores atestam que seria por meio de uma espécie de rolagem, onde se colocava madeira cilíndrica no chão e o as pedras eram roladas em cima, ate chegar no local da construção, a questão que mais intriga os pesquisadores é o fato de as pedras usadas na construção era retirada de uma pedreira de Assuã a 960 quilômetros de distancia, um caminho bastante longo para esse tipo de locomoção. No total de pedras foram usadas nada mais que 6 300 000 toneladas de pedras para toda a construção da pirâmide. A área total da pirâmide é 52 900 m², os egípcios não conheciam o mesmo meio de nivelamento que o tempo atual, no entanto eles criarão um meio também bastante eficaz, com as varas cortadas em igual demarcaram o local de construção, depois foram ordenados que cavassem, em seguida que jogasse água, a própria água se encarregaria de nivelar o perímetro. Pesquisadores só encontraram um pequeno erro de nivelamento, o que deve ter sido causado por uma tempestade de areia. A pirâmide era dividida em três grandes câmeras , o que a tornava tão impressionante por dentro quanto que por fora, a subterrânea e duas acima do nível do solo, e ainda uma grande galeria que levava a câmara mais alta, o que seria 45 metros de comprimento e 8,5 metros de altura, o que poderia ser para enganar os saqueadores parecendo que seria a câmara real que era totalmente revestida de pedras de granito.
A pirâmide não era uma construção unicamente para o faraó, era enterrados com ele, a rainha, filhos, família real, sacerdotes e os serviçais que com ele conseguiu alcançar a vida eterna. A rainha ficava em uma pequenas pirâmides na ponta da maior, mais também era encontrada varias outras mastabas onde estavam sacerdotes e a família real, dando a impressão que a pirâmide era uma grande cidade dos mortos. Do lado de cada pirâmide tinha templos ligados por uma longa rua pedra a outro templo perto da zona de cultivo. E covas em forma de barco foram cavadas nos arredores, para garantir a viagem do faraó ao mundo do além.
Mesmo com a “impopularidade” de Quéops é inegável que ele nos deixou uma magnífica obra, tanto símbolo de religiosidade, quanto símbolo do poder, nesse caso, o poder do faraó.
A religiosidade do povo egípcio não pode em nenhum momento ser questionada, essa civilização se mostrou, através de suas construções, ser um povo extremamente religioso, tendo uma fé tão inabalável que se colocou a trabalhar para o seu deus vivo, em troca da tão desejada vida eterna, a Anks (Vida) Divina.
Nossa sociedade mesmo com toda tecnologia não consegue criar uma pirâmide tão perfeita quanto a Grande Pirâmide, pelo o fato de que não a como reproduzir essa cultura, esse povo tão impressionante não existe mais, eles somente deixaram suas obras, de imenso valor histórico, mais também de tão grande beleza.
SHAFER, Byron (org). As religiões do Egito Antigo. BAINES, John. LESKO, Leonard. SILVERMAN, David. São Paulo: Nova Alexandrina. 2002. 264 pg
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LOIBL, Elisabeth. Egito Ontem e Sempre. São Paulo: Melhoramentos. 1994. 75 pgs.
EGITO DEUSES, PIRÂMIDES, FARAÓS/Tradução: Tommaso Besozzi. 1° Edição. São Paulo: Larousse do Brasil. 2005.
EGITO ANTIGO. São Paulo: Escala